Espero que gostem, que sigam e comentem.

30 maio, 2011

   Enquanto o céu cristalino e os seus raios esporádicos me iluminavam o dia, a melancolia  daquele dia continuara a assombrar-me. Cada vez mais, os suspiros me afectavam e tu, com a maior das naturalidades, continuavas o teu alegre caminho, sem nunca, mas nunca olhar para trás. A minha vida amarga acariciava a tua existência, sempre sem efeito. O contraste fazia tudo parecer igual, e a monotonia da tua pessoa desagradava-me. Jamais me senti compreendida ao teu lado, apenas me sentia vazia , sem a tão desejada felicidade e desprovida de qualquer sentimento. Era realmente infeliz. E tu, nunca fizeste nada para o mudar. Era um rubro de sensações nada boas que pretendia acabar, porém sei que me irias fazer falta. É sempre bom sentir que temos alguém, mesmo que não nos ame. E isso alimentava o teu ego, pois sabias que eu estaria sempre lá independentemente de tudo. E para isso, não necessitavas de fazer qualquer esforço para me manter. Por estaria sempre contigo, porque no fundo eu- apesar de não mereceres- amava-te.
   Olho agora para a imensidão de nuvens suspensas no ar, fazendo um jeito de reconforto. Pensando que se quisesse, um dia, poderia ser feliz. Não contigo, talvez sozinha.

29 maio, 2011

The purpose of life is two things: Be happy and make the happiness of others. Without it we are just selfish people ready to love to just feel the need to be loved. And never, never can think only of ourselves. So lives, dreams, loves, and reflects takes full advantage of it.
O zénite do nosso amor apareceu de uma forma inesperada e apetitosa. Era muita a cumplicidade e paixão que ultrapassara qualquer expectativa. Parecia, em principio um amor indelével até que, com o passar dos tempos, passou a ser um amor inerte e sem vida. A relação entre os nossos mundos era unívoca. E, como é de esperar, tudo o que é bom pouco dura e nós somos prova disso. Todo aquele majestoso e verdadeiro amor deu lugar a uma obrigação sem vivacidade. Todavia, não te culpo por nada, pelo tempo perdido ou pelo latim gasto, culpo-te somente por teres medo de te domar ou ser domado e, principalmente, teres medo de ter medos. A realidade assusta-te um pouco e eu, sentido-me incapaz de fazer algo, apenas fui culpada de te fazer acreditar que isso não importava. Mas importa. Sempre importou. Passaste a ser truncado de confiança, de demonstrar que necessitavas de uma segunda opinião quando aquela que sempre importou, era a tua. Portanto, espero que um dia aprendas a ser homem a dar-te por forte, nem que seja a fingir, e acima de tudo que aprendas a confiar em ti. E que um dia possas retribuir amor a alguém e fazê-la feliz.

28 maio, 2011

Todo o meu esforço, a minha dedicação, o quanto me entreguei para ti fora ignorado como se de uma mera desculpa para sobreviver se tratasse. Não! Eu não te queria apenas para sobreviver, mas sim para dar um uso e um fundamento àquilo que sem ti nunca terei, uma vida. E todas essas esperanças foram brutalmente dilaceradas pelo teu desprezo frívolo e a teu lema de vida inóspito que eu sempre, mas sempre temera. E no meu coração, onde ainda hoje habitam o ressentimento e a audácia de uma mentira, nada se move e o seu pouco e menosprezado movimento deve-se ao meu último esforço para viver, para poder respirar na esperança de algum dia seres o que outrora eras. E nestes sentimentos de culpa que permanecem, a minha força é-te ignorada.  o nosso amor unificador, com bastante pena minha, acabou, acabou para nunca mais voltar. A demanda de ser perfeito, fez-te mudar. E a minha coroação de afecto somente se dissipou. Saradas as feridas do amor impotente, viro-me no caminho que me parece significativo, á espera de nunca, mas nunca mais voltar a ver-te.

27 maio, 2011

Essas tua ostentações (já) comuns só me fazem sofrer. E o puder de sequer olhar para ti (já) aumentou. A tua lábia pouco refrescante atacou, por certo, tudo aquilo que tu tornaste possível, mas que agora está a cair lentamente no esquecimento do meu coração. Vivo a pensar em ti. Sonho contigo até ao último segundo de sono. Já não suporto olhar para ti, pensar que alguma vez estive contigo porque quis.
Posto um fim ao teu longo e, para mim, fastidioso discurso, senti que os teus poderes catárticos de tragédia diminuíram por completo. Nada mais seria de esperar, uma vez que até o teu último discurso, direccionado a mim, me parecera bastante ensaiado.Disses-te algo como "não és tu, sou eu" e "mereces alguém melhor", ou seja, frases feitas para quem não tem, na verdade, uma razão assente para fazer algo. Algo que no teu caso se resumia a nada mais, nada menos que, acabar "connosco". No fim, esboçaste um pequeno sorriso envolto numa onda de gratidão, ao qual eu retribui, mas com um significado completamente diferente. Vislumbrei-te partir, pela última vez, e essa imagem ainda hoje permanece no sitio onde eu mais temera, no meu coração, e cada dia que me tocas no pensamento, é um dia menos feliz, um dia em que a paz subestima o meu sentido de direcção e me faz querer voltar (ao passado) atrás. E nesses mesmos dias, senti-mo desgastada e vazia, á espera que (por magia) voltes, sem pensar que isso é impossível. E se algum dia decidires que queres voltar, pensa que estou á tua espera, aliás, sempre estive. 

19 maio, 2011

Frases emocionantes de filmes emocionantes- A bela e o Paparazzo

"Tu fazes-me rir, mas ele faz-me chorar"
Ao olhar para a claridão da minha janela, todos os movimentos lá de fora me fazem pensar. Fazem pensar em ti, a mera brisa do vento e o calor a jorrar por todos os cantos. E repentinamente, todas essas memórias se dissiparam por entre essa paisagem, paisagem essa fraca e sem sentido. E foi aí. Foi aí que percebi a realidade. Os contos de fadas que são, exactamente, contos de fadas. E a emancipação do meu amor por ti, começou. Uma imagem, vulgar e vazia, terminou com aquilo que outrora me parecia inacabável. Sim chorei horas a fio, dias seguidos e, quem sabe, até meses. Chorei por ti, sem razão. Chorei depois de um amor há muito terminado, de uma sensação de desespero há muito esquecida. Fui logo chorar até depois de te esqueceres de mim. Até que o conheçi. Conheçi-o por mero acaso, por olhar de relance sem perceber o que vira. Foi uma conversa simples e divertida. E era, de facto, a primeira vez que me rira até me esquecer de ti, da tua pessoa á qual ainda amo muito. Não era amor. Nada disso! Atracção? Não, talvez não. Simpatia é a palavra. Diverti-me, sonhei por pouco tempo. Ele convidou-me para jantar. Foi divertido. O dia caiu e deu lugar á noite, que se preparava diferente. E foi uma noite diferente. Diverti-me. E desde aí só me lembro de acordar desesperada com calor, de olhar para o lado e ver o que não esperava. Ver uma pessoa (estava acompanhada, como poderia isso não agradar?) mas essa pessoa, não eras tu. Era de ti quem eu queria ver, era contigo que eu queria passar aquela noite. E depois de tantos desgostos fora do tempo, apenas queria pensar em ti. Levantei-me com muita calma e paciência. Deixei-o ali sozinho, por ti, pelas nossas recordações.   

16 maio, 2011

Ana Margarida Cerqueira, Melhor Amiga do Mundo (a)

Acho que está demasiado explicito o quanto te adoro. Acho que já é tão óbvio, que nem vale a pena dizer. Mas a verdade é que vale. Tu mereces que te diga. Mereces por ser a melhor amiga do mundo. Nunca questionei isso desde que te conheci. E é incrível a rapidez com que te tornaste o que és hoje, para mim. E, apesar de ter gostado imenso, não era preciso termo-nos visto e ter-mos passado a tarde juntas, porque a nossa amizade suporta qualquer coisa, até mesmo as saudades. Suporta tudo! Somos únicas. E irá sempre preciso muito mais para nos deitar a baixo do que uma simples distância, que passados uns meses já não irá existir. Portanto, sabes que estarei cá sempre para te dar força, para te apoiar em tudo, para nunca te julgar e aceitar-te pelo que és e para, acima de tudo, retribuir-te tudo o que tu me das. E se algum dia eu te falhar ou desapontar, quero desde já pedir-te perdão, pois não será de propósito. Eu amo-te demasiado para te decepcionar, pois teria de te perder. E isso é a última coisa que quero.
Sinto sim o sol a banhar-me a cara, sinto sim o vento a elevar os meus cabelos docemente, sinto sim a dor da perda quando existe, nem que seja pouco visível, sinto sim calor nos dias claros e solarengas tardes de verão, tanto quando sinto o frio forte do Inverno, sentia sim o teu amor enquanto restava, sinto sim falta de ti, falta do que era nosso, até porque tínhamos pouco, mas o que possuíamos é nosso, logo único, sentia sim o teu carinho, sinto sim a chuva a percorrer-me a cara, sinto muita coisa, até posso sentir algo inexplicável, porém o que deixei de sentir por completo fora o meu coração. O meu pobre e fraco coração, que deixou de palpitar amor.

15 maio, 2011

Nunca acreditei na amabilidade das palavras murmuradas por entre dentes, na força e no impacto que têm nos nossos corações. Na gentileza e no seu poder quase inalcalçável. Essas palavras ditas sem vontade, ultrapassam os meus pensamentos sem permanecer, percorrem todo o meus estado de euforia sem sequer dar sinal de vida, ou como costumo dizer, de existência. Destaco as palavras ditas pelo teu coração e nunca pela tua mente. Palavras de emoção e não de lógica. Sorrisos sentidos e nunca forçados. Um amor verdadeiro e jamais fingido. Sublinho as marcas do teu rosto numa folha em branco, esperando dar-lhe vida com a tua beleza, e estas palavras que me saem dos lábios, provêm do meu coração e dos meus sentimentos. Recorto o sofrimento que poderei vir a passar, pois agora de nada me vale pensar nisso. Sonho acordada com um possível amor verdadeiro, esperando sempre a tua chegada. Esperando a tua longa caminhada até mim, afasto todos os pensamentos malévolos, e os tais traços finos que fiz na folha parecem ganhar vida, assim que chegas tu. Chegas caminhando com prazer, como que por amor e não obrigação. Para me ver. Solto um sorriso findado pelo teu beijo. O beijo verdadeiro do primeiro amor. 

Pedro Gonçalves (:

Desde o primeiro momento, denotas-te ser ambíguo.Era algo misterioso sem forçar, nem tu próprio percebias a teu objectivo. Lembro-me como se tivesse sido hoje. Estava rodeada de pessoas positivas e eu, parecia ser a única negativa. Até que apareceste tu, com o teu feitio, com a tua forma de ser difícil, ou seja, com tudo menos positividade. E desde logo, identifiquei-me contigo. Fora um caminho difícil até que conseguisse estabelecer amizade contigo, pois eu sentia que necessitava de ser tua amiga, estar no teu intimo e ajudarmo-nos a ambos. Éramos de alguma forma diferentes, contudo iguais. Fora muito difícil falar contigo pela primeira vez, eras muito individualista. E depois de muito tentar, em tentativas falhadas, consegui falar contigo. E aí, a minha primeira teoria sobre ti, dissipou-se. Nunca teria visto ninguém tão carinhoso. Apenas te tentavas esconder por seres tímido. E sim, foi verdadeira paixão. Sabes que nunca me irei esquecer do que fizeste por mim, do que lutas-te para sermos o que conseguimos ser. Foste a melhor coisa que me aconteceu, e a prova disso é o que somos agora. Depois de tudo, do nosso amor, conseguimo-nos tornar amigos, nunca esquecendo o que outrora vivemos. Só quero destacar que és muito importante para mim, és como um melhor amigo, e tu sabes disso.

14 maio, 2011

A brisa forte afugenta-me o calor, enquanto a mareia limpa-me a respiração e a paisagem mantêm-se no meu pensamento. Sinto-me sozinha, não pelo facto de ninguém estar comigo, mas porque a minha alma permanece vazia, mesmo depois de de tanto tempo. Portanto, o tempo não cura tudo, o nosso amor não conseguiu curar. A nossa chama era impermeável, aguentava tudo, até ao dia que tudo acabou. Nem sei bem porque acabou, apenas acabou. Desde desse dia me lamento, á vista de todos. Dão-me como fraca, mas pouco me importa. Pensam que sou inútil por sofrer tanto por amor, porém sempre fui assim. Apenas não o demonstrava, porque nunca houve a altura certa para o fazer. Mas quando chegaste tu, começei a sofrer, e o outrora acabara de vez, fazendo-me demonstrar a todos a razão pela qual sofro, por amor.
Recostada ainda ao passado, tento que as memórias desse tempo não desapareçam. Ao elevar a minha expectativa em ti, acertei em cheio. Á medida que os tempos passam, e que os nós melhoramos a olhos vistos, percebo que ter-te comigo é melhor que outra coisa qualquer. Viro costas a quem opina sobre o que não deve, reviro olhos a insultos e ,simplesmente, ignoro invejas. Dás-me a mão, orgulhoso, para me acompanhares no meu caminho sem nunca olhar para trás, lutas por mim como que por prazer e nunca dever, dás o que é teu por mim e, se for necessário, deixas o que amas pelo meu amor. És o louvor em pessoa e enalteço isso porque mereces. Mostraste-te capaz de amar e de ser amado.

Frase memorável de uma pessoa memorável

                      "O Homem é do tamanho do seu sonho"- Fernando Pessoa
Caminhando por entre as falhas das pedras sobrepostas no chão, a dor que me percorre é sem dúvida a mais desgastante. Falece-me por dentro, pouco a pouco. E a tua calma e serenidade faz-me achar que que a nossa situação te é indiferente. Talvez até nem seja, talvez te preocupes e apenas não queres mostrar a tua parte fraca, mas a sensação que dá é que não te sou importante. A derradeira gota cai por fim, a última lágrima teima em cair, tentei contê-la, forçei adiar a sua chegada, contudo a sua tristeza fora mais forte que a minha própria força. O nosso provável fim revolta-me, a nossa chegada acaba por se antecipar trazendo mais e mais gotas daquelas que não me dão prazer em cair. Fazes-me querer voltar a trás, algo nunca antes posto em causa, e reviver todos os nosso momentos mais intensamente, pois agora me parecem gastos e sem qualquer sentido. Faltava-nos coerência, simulteneadade. Não choro porque acabou, mas porque não aproveitei.

13 maio, 2011

O amor alimenta-se de gestos, é a devoção do querer e acima de tudo o carinho pela possessão. Não é uma palavra que se murmura como que por piedade, é um sentimento difícil de alcançar imposto pelas palavras ditas com vontade. O amor faz sofrer. Quando sofro eu isolo-me do mundo. Portanto se alguma vez me isolar de ti, é porque estou a sofrer. Talvez por amor, ou até mesmo por nada em concreto. Apenas sinto vontade de esconder do mundo aquilo que sinto, de apagar as memórias ditas "de amor" e acabar de vez com as saudades.  

09 maio, 2011

Eu sinto a tua falta. Sinto a tua falta como quem sente a falta dos raios esporádicos no Inverno, como quem sente a falta de um amor longinquo ou de uma entoação doce. Fazes-me falta não só porque estás longe, mas também porque és inalcançável. Tenho saudades de como me olhas nos olhos, parecendo que me lês os mais pequenos pensamentos. Quero voltar a sentir a tua presença, o teu cheiro, quero sentir que estás de novo comigo. Sinto falta da tua figura latente que apenas se abrira para comigo, enquanto se isolava ao resto do mundo. Tu fascinas-me. Quero-te a meu lado, para sempre. Quero de volta a tua ternura, a tua força delicada e comovente, a tua alma clara e radiante. Que acreditar que tudo está melhor, quero-me sentir bem. Como antes me sentira.

08 maio, 2011

A divisão está escura, apenas existe alguma luz devido á fresta que há na parede, porém é a única fonte de luz, luz que mal se percebe no meio de tanta escuridão. É na paz dessa escuridão que me ponho a pensar no passado. No que poderia ter corrido bem em relação a nós e tudo o que poderíamos ter evitado, porém não o fizemos. Mas agora não vale a pena pensar nas coisas más do passado, já que é passado mais vale recordar os bons momentos, e nós tivemos imensos. Não só quando estavas comigo, mas também quando trocávamos palavras á distância. Todos os nossos momentos, todas as nossas coisas. Serás para sempre uma boa recordação e não me arrependo de nada o que fiz contigo, porque o que passámos foi melhor que tudo. Amo-te

8-05-2011 ♥ Ana Margarida Neves Cerqueira

No decorrer do dia que era hoje, tu proporcionaste-me, provavelmente, os melhores momentos da minha vida. Apercebi-me que sem ti, tudo se resume a um estado de estagnação fastidioso em que, geralmente, sinto imensas saudades tuas. Portanto, somente te queria agradecer por mais uma vez seres quem és, por me teres feito companhia no dia de hoje e por, acima de tudo, seres a melhor amiga do mundo. Depois de muito esperar, finalmente pude estar contigo, pude passar um dia contigo e matar de vez todas essas saudades que me doem tanto. E apesar de sentir imensas saudades dos outros, tu és a minha melhor amiga e era a ti que eu queria ver, era contigo que eu queria passar este dia. Adoro os outros, mas tu és especial. E não importa á quanto tempo te conheço, eu sei que és a melhor pessoa do mundo e tenho imenso orgulho de ti.
És a Melhor Amiga do Mundo, nunca te esqueças disso.  ♥

07 maio, 2011

O amor é impotente, é fraco, mas ao mesmo tempo reverente. É difícil de ser expressado e mais dificl ainda de ser compreendido. É um sentimento que não se finge, sente-se. Todos os caminhos vão dar ao amor, por muitas voltas que se dê é complicado escapá-lo. Eu sei disso porque tu me ensinaste. Ensinaste-me porque me amas. É tão simples quanto isto. Por isso se algum dia te fizer sofrer quero que me perdoes, porque quem ama perdoa. Quem ama não ressente. Quem ama esquece. Quem ama reflecte. Não cometas a inadvertência de me esquecer, de pôr o fim ao nosso "nós", porque eu te amo. Porque por ti, eu esqueço, eu perdoo e eu reflicto.

06 maio, 2011

Viro costa ao passado, esquecendo-me de ti por completo, apagando as nossas memórias como se estas se tratasses de uma coisa indiferentemente inúteis. E que na verdade, são! Agora tudo se resume a um passado distante no qual nem quero sequer pensar. Não duvido que contigo seja a mesma coisa. Acho que deixaste bem claro que eu te era indiferente e que, discretamente, sempre fui. Contudo não sinto qualquer nostalgia no que toca ao nosso antigo "nós". Nem um pingo de saudade, um palmo de falta, nada de nada. Foste importante, já não o és.
  Enquanto a água calma e surpreendemente limpa reflecte-me com uma luminosidade hospitaleira e a pedra em que me encontro dá-me a noção de ser o meu porto de abrigo por agora, descontraio os músculos, rodo o pescoço dorido, tapo a cara devido á força do sol nesta tarde, abro o meu caderno e apronto-me para escrever na derradeira folha.
 
   Será? Toda a minha vida esteve cheia de incertezas. Nunca fui forte o suficiente para ter a certeza daquilo que pretendia, aliás sinto que tenho medo de ter certezas. Medo de falhar. Medo de me dar por vencida. Gostava que pelo menos uma vez, soubesse o meu destino, traçar um objectivo e lutar por ele. Fazer algo por mim, pensar em mim, visto que mais ninguém pensa. E até pode ser sozinha, mas gostava de ter coragem para lutar mesmo sabendo que posso falhar. Porque toda a gente erra certo? E porque não eu? Eu sou imperfeita, até demais. Agora pergunto-me: Será que sou capaz? Capaz de qualquer coisa, por mim, nunca olhando para trás e lutando pelos meus sonhos como se lutasse pelo meu último sopro? Não! Eu não sou capaz! Estou rodeada de medo, da aflição de pensar que sou a única a ter medo. Acredito que não seja, mas é essa a sensação que dá.

   Faço agora uma pausa. Ajeito-me na pedra, sinto-me a cair. O sol já perdeu alguma da sua inóspita força e começo a sentir já algum vento. Uma brisa leve que, se tivesse menos roupa, poderia ser vista como frio. Volto a rodar o pescoço, junto as pernas e pouso o caderno em cima delas. E pego na caneta.

   Sou tida em conta como fraca, por toda a gente. Eu sei que sou. Não tenho confiança em mim mesma, como posso confiar nos outros? Sou inexperiente em tudo o que possam pensar, não tenho qualquer valor. Todos me menosprezam.Contudo já me habituei á simpatia dos outros para comigo. Há simpatia que não existe, á simpatia que é uma ilusão. É um simples pensamento quimérico, a única coisa que me alimenta de esperança, pensar que tenho amigos. Na verdade, já não sei o que faço neste mundo. Nem sei a razão pela qual me trouxeram a este mundo. Provavelmente até nem fui uma gravidez desejada, começando aí todos os meus dilemas, ou como costumo dizer "trilemas". Não faço falta a ninguém, não sou desejada por ninguém e todos os meus problemas são a triplicar. Não sirvo, não sirvo para nada!

  E acabou a última página do meu caderno. O sol já se põe. Será uma noite estrelada. Uma noite fria. Uma noite aterradora. Agora teria todas as certezas do mundo, e estas não me assustavam. Sabia bem o que fazer. E desta vez, nada me iria impedir. Era como um objectivo pelo qual lutava. O meu primeiro e último objectivo.
É-me tão dificil recordar-me de ti. Talvez porque ainda não te esqueci, ou porque ainda tenho esperança. Esperança que voltes, para onde nunca deverias ter saido. Para meu lado. Ouvir falar de ti magoa-me. Tenho medo de ouvir que seguiste em frente, coisa que nunca conseguirei fazer. Desesperadamente sonho contigo, noite e dia. E nunca cheguei a dizê-lo, mas foste, és e serás para sempre o meu melhor pensamento, a pessoa que me irá custar mais deixar. Não consigo ver fotos nossas, do tempo em que erámos felizes. Aquela não desejada lágrima teime sempre em cair quando tento. É doloroso. Os meus músculo teimam em tremer. Porque só tu, só tu me consegues fazer feliz. Irei amar-te para sempre. Para todo o sempre.  
Tenho fama de ser persistente, de não voltar a olhar para trás e acima de tudo a seguir os meus sonhos. Não espero por ninguém, faço o meu caminho sozinha. Não lhe chamo egoísmo, mas sim sobrevivência. Sei bem o que quero e como tal luto para o conseguir. E jamais desisto de algo. Uns chamam-me sonhadora, outros louca, mas a verdade é que nunca acredito que é impossível. Não dependo de ninguém como ninguém depende de mim. Tenho a noção dos riscos, mas isso nunca me impede. Só sei que não quero depois de tentar. E nunca renego aquilo que sou. Não sonho acordada, não tenho tempo para isso. Tom decisões precipitadas e acato com as consequências disso. Assumo os meus erros. Sou desconfiada, se calhar até demasiado. E a minha vida? Pois, é como eu quero. Porém, nem sempre esta atitude é a mais indicada. Quando vou á luta pelo que quero nunca procuro os problemas, mas se eles vêem ter comigo, eu não os ignoro, uso-os como lição. Sou o que sou. Aceitas se quiseres, é-me indiferente. "

05 maio, 2011

" Não acredito que o amor exista. Acredito sim que haja uma ilusão que se transparece num estado de euforia, e existe também quem pense que esse estado de euforia seja para sempre, um sempre prolongado. Penso que, em segredo, gostaria que o amor existisse, poder fazer dele o que quisesse e vivê-lo intensamente. Tornar a pensar que sou feliz e que faço alguém feliz, encontrar alguém que dê mais do que o normal, alguém que me consiga perceber e aceitar o que percebeu. Viver nessa tal ilusão do amor e mostrar o meu estado de euforia. Eu quero, mas não o mostro. Ir ao encontro (ou pelo menos procurar) uma razão de vida baseada no amor é idiotice. O amor deverá ser segundo plano. Mas, por agora, cansei-me de esperar. De prolongar esse caminho certo, onde pelo menos acho que é certo. Quero fazer o 'mal' pelo menos uma fez. Quero viver na ilusão de que será para sempre. Acordar e pensar e que será para sempre e a adormecer com isso no pensamento. É fácil dar-se por vencido, mas viver na ilusão é demasiado fácil, qualquer um consegue. Eu consigo. Eu quero. Eu não acredito que o amor exista. O amor não existe. "

04 maio, 2011

" Ao reviver tudo aquilo novamente e ao lidar com mais um ilícito mal da vida, começei a cogitar numa possível e diligente vida melhor. Já estava a ficar saturada destes dilemas, para mim, insignificantes. Pretendia ter mais momentos jocosos, graciosos, em que pudesse viver com uma intensidade diferente e terminar de vez com os momentos de ociosidade em que, mais tarde, olharei para trás e verei, por conseguinte, que não vivi como deveria. Portanto não te censuro por me teres desapontado. Na verdade, e por graça, até me fizeste bem. Fizeste-me ver que não serei para sempre uma recapitulação da vida de alguém. Não ter escrúpulo e ter virtude por vezes não é mau de todo, e temos de aprender a dar valor a nós próprios. "

02 maio, 2011

Serás para sempre a Melhor!

" Melhor Amiga, depois de muitos textos, depois de muitas amostras do que realmente sinto por ti, acho que consegues perceber o quão importante és. Por vezes tenho medo de me tornar repetitiva, tenho medo que te canses de me ouvir dizer o quanto te amo, mas por outro lado, penso que um simples 'amo-te' nunca chegará. Escusado será dizer que morro de saudades tuas, só penso que um dia poderemos ter todos os nossos momentos vividos na realidade, realidade essa que até pode ser muito simples, mas que de qualquer maneira será perfeita. E, de certa forma, acho que esta distância que nos separa fortaleceu esta nossa ligação, aquela ligação que apenas e exclusivamente nós conheçemos. Não tenho a mínima dúvida que será para sempre, já não tenho mais medo de te perder, pois sei que isso nunca irá acontecer. São estas certezas que podem estar erradas, mas que posso arriscar por ti. Por que és a pessoa a quem mais deposito confiança, aquela que sei que nunca me vai negar ajuda. Fazes-me ter orgulho de mim mesma. AMO-TE daqui até ao fim do Mundo Melhor Amiga.
AMO-TE Ana Margarida Neves Cerqueira.

01 maio, 2011

" Reflicto nestas palavras, enquanto o sol finalmente se ergue trazendo não só a sua luz radiante, mas também o seu calor inoportuno. A prosperidade do dia em si, traz-me recordações malévolas, como o incremento do nosso amor. Faz-me perceber o quão pueril és e o quanto os teus sentimentos estão inexplorados. Não pretendo ser mal intencionada ou mal entendida, o que quero mesmo aqui escrever é o que senti quando tudo floresceu, a sua simplicidade monótona fizera-me querer voltar atrás. E por muito que tentes evitar, os teus olhos foram, desde sempre, precursores do fim de tudo. Foram eles que anunciaram, discretamente, a realidade das coisas. Tornaram-se a minha preocupação. Fizeste-me acreditar numa hipotética perfeição, onde éramos os pioneiros de tudo, onde o mundo se reduzia a nós por um instante. Porém nenhum de nós conhecia a realidade vindoura. Acreditávamos numa ilusão rapidamente apagada pela claridade de um dia de sol, dia esse idêntico ao de hoje. São daqueles dias em que não podemos fugir, que temos de aguentar com o peso de já não sermos amados, de aguentar-mos literalmente com a rejeição. Cansa-me falar de amor, por ser tão repetitivo. Por acabar com a mesma facilidade de sempre, por deixar sempre os mesmos desgostos, por custar sempre tanto. E agora olho para trás e não vejo boas recordações. Todos os momentos bem passados foram predominados pela força da dor, e agora já nada significam. São os preconceitos que restam, que não deixam avançar para outro amor. O sol continua-se a erguer, a uma força incontestável. O dia prepara-se calmo, tal e qual como o outro. "