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19 maio, 2011

Ao olhar para a claridão da minha janela, todos os movimentos lá de fora me fazem pensar. Fazem pensar em ti, a mera brisa do vento e o calor a jorrar por todos os cantos. E repentinamente, todas essas memórias se dissiparam por entre essa paisagem, paisagem essa fraca e sem sentido. E foi aí. Foi aí que percebi a realidade. Os contos de fadas que são, exactamente, contos de fadas. E a emancipação do meu amor por ti, começou. Uma imagem, vulgar e vazia, terminou com aquilo que outrora me parecia inacabável. Sim chorei horas a fio, dias seguidos e, quem sabe, até meses. Chorei por ti, sem razão. Chorei depois de um amor há muito terminado, de uma sensação de desespero há muito esquecida. Fui logo chorar até depois de te esqueceres de mim. Até que o conheçi. Conheçi-o por mero acaso, por olhar de relance sem perceber o que vira. Foi uma conversa simples e divertida. E era, de facto, a primeira vez que me rira até me esquecer de ti, da tua pessoa á qual ainda amo muito. Não era amor. Nada disso! Atracção? Não, talvez não. Simpatia é a palavra. Diverti-me, sonhei por pouco tempo. Ele convidou-me para jantar. Foi divertido. O dia caiu e deu lugar á noite, que se preparava diferente. E foi uma noite diferente. Diverti-me. E desde aí só me lembro de acordar desesperada com calor, de olhar para o lado e ver o que não esperava. Ver uma pessoa (estava acompanhada, como poderia isso não agradar?) mas essa pessoa, não eras tu. Era de ti quem eu queria ver, era contigo que eu queria passar aquela noite. E depois de tantos desgostos fora do tempo, apenas queria pensar em ti. Levantei-me com muita calma e paciência. Deixei-o ali sozinho, por ti, pelas nossas recordações.   

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