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01 maio, 2011

" Reflicto nestas palavras, enquanto o sol finalmente se ergue trazendo não só a sua luz radiante, mas também o seu calor inoportuno. A prosperidade do dia em si, traz-me recordações malévolas, como o incremento do nosso amor. Faz-me perceber o quão pueril és e o quanto os teus sentimentos estão inexplorados. Não pretendo ser mal intencionada ou mal entendida, o que quero mesmo aqui escrever é o que senti quando tudo floresceu, a sua simplicidade monótona fizera-me querer voltar atrás. E por muito que tentes evitar, os teus olhos foram, desde sempre, precursores do fim de tudo. Foram eles que anunciaram, discretamente, a realidade das coisas. Tornaram-se a minha preocupação. Fizeste-me acreditar numa hipotética perfeição, onde éramos os pioneiros de tudo, onde o mundo se reduzia a nós por um instante. Porém nenhum de nós conhecia a realidade vindoura. Acreditávamos numa ilusão rapidamente apagada pela claridade de um dia de sol, dia esse idêntico ao de hoje. São daqueles dias em que não podemos fugir, que temos de aguentar com o peso de já não sermos amados, de aguentar-mos literalmente com a rejeição. Cansa-me falar de amor, por ser tão repetitivo. Por acabar com a mesma facilidade de sempre, por deixar sempre os mesmos desgostos, por custar sempre tanto. E agora olho para trás e não vejo boas recordações. Todos os momentos bem passados foram predominados pela força da dor, e agora já nada significam. São os preconceitos que restam, que não deixam avançar para outro amor. O sol continua-se a erguer, a uma força incontestável. O dia prepara-se calmo, tal e qual como o outro. "

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